Abstenção toma conta da Polónia

A Polónia deverá registar a maior taxa de abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu que vão decorrer de 4 a 7 de Junho nos 27 países da União Europeia.

De acordo com os resultados do Eurobarómetro, 13% por cento dos eleitores vão escolher os 51 eurodeputados polacos. Já nas anteriores eleições de 2004, a taxa de participação foi de 20,9%, a segunda mais baixa dos então 25 estados membros da UE.

"É preciso demonstrar aos polacos que o Parlamento Europeu também decide em domínios concretos da sua vida", afirma Mikolaj Dowgielewicz, ministro dos Negócios Estrangeiros. Os exemplos que deu foram "os preços dos voos aéreos, internet ou comunicações telefónicas.

"Uma herança do comunismo". É assim que o professor política da Universidade de Vársóvia explica a possível elevada abstenção dos polacos. "Actualmente as pessoas não são obrigadas a ir votar e por isso não vão". No anterior regime o voto era obrigatório.

Eleições Europeias: Abstenção toma conta da Polónia

Na Polónia, a taxa de abstenção esperada é a mais elevada da União Europeia.

O governo explica o desinteresse: os polacos estão a libertar-se da “herança comunista”, em que o voto era obrigatório.

A importância do Eurojust

A Eurojust nasceu em 2002.

Tem como principais objectivos:

»"incentivar e melhorar a coordenação das investigações e dos procedimentos penais" entre os países da UE para combater a "criminalidade transnacional e organizada".

» a prestar auxílio judiciário mútuo no domínio penal no plano internacional e a executar mandados de detenção europeus.

»apoia as autoridades competentes no sentido de "reforçar a eficácia das suas investigações e procedimentos penais".

»tem poderes para pedir às autoridades nacionais competentes que dêem início a uma investigação ou instaurem um procedimento penal por factos preciso

A EUROJUST é composta por 27 membros nacionais, um elemento por cada Estado‑Membro da UE. Os membros nacionais são destacados consoante o sistema jurídico do respectivo Estado-Membro e são membros permanentes da Eurojust na Haia.

O representante português José Luis Lopes da Mota foi eleito presidente pelo Colégio da Eurojust.

Lopes da Mota tem estado envolvido em Portugal na controvérsia sobre alegadas pressões que terá exercido sobre magistrados que lideram as investigações ao caso Freeport.

Manuela Ferreira Leite pediu a sua demissão hoje como se pode ler aqui.

Edi Hernandez, Jean Paul Lopes e Rui Joaquim

Votar ou não votar

José Matos, 53 anos, considera-se “um cidadão activo na política nacional e europeia”. Aluno do primeiro ano de Comunicação e Jornalismo da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), diz que está “interessado nas eleições e nos programas políticos de cada partido”. Acrescenta: “Não tenho ainda conhecimento das propostas”. Promete que vai ler os programas. Só não o fez porque ainda não teve tempo.

As eleições para o Parlamento Europeu decorrem a 7 de Junho em Portugal e na maioria dos 27 estados-membros.

No inquérito que se fez na Universidade Lusófona a professores, alunos e funcionários, há quem vote e quem não se interesse pelo assunto.

Elsa Carreira, 43 anos, sabe quando são as eleições mas, diz, “não vou votar porque a política não me interessa”. A auxiliar de limpeza da ULHT afirma que não vota há muitos anos.

A participação dos europeus nas eleições para o Parlamento tem vindo a diminuir ao longo deste 30 anos de sufrágio universal e directo.

Marta Rodrigues,21 anos, faz questão de exercer o seu direito de voto. A finalista do curso de Psicologia da ULHT afirma: "Sei quando vão ser as eleições, mas não conheço os candidatos’. Vai votar. Quando confrontada com a pergunta ‘Em quem?’, responde: ‘Quer mesmo saber?’ Sorri, "Vou votar no Bloco de Esquerda".

O sufrágio universal e directo para o Parlamento Europeu faz 30 anos. Foi em 1979 que passou de um órgão apenas consultivo para uma instituição com poderes co-legislativos com o Conselho.

" Querem mesmo saber? Vou votar no Bloco de equerda" (Marta Rodrigues, finalista do Curso de Psicologia da ULHT)

"Sim vou votar mas não revelo em que candidato" (Rui Pereira Jorge, Professor da ULHT)

"Ainda não tive tempo para ver os projectos de cada Partido" (José Bico Matos, aluno do primeiro ano de Comunicação e Jornalismo da ULHT)

" Sinceramente a política não me interessa" (Elsa Carreira, auxiliar de limpeza)

(Ana Sofia Marques, Andreia Graça, Cristiana Cardoso e Sofia Garcia)

Ferreira Leite pede demissão de Lopes da Mota

A líder do PSD Manuela Ferreira Leite diz que o governo devia afastar Lopes da Mota do Eurojust.

«Não é possível que haja uma pessoa como o dr. Lopes da Mota, que está acusado de situações absolutamente inaceitáveis e que não perceba que não pode, não tem nenhuma condição, para se manter na situação de representação de Portugal e que não saia, que não peça a demissão», como se pode ler no site da TVI24.

O ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado já tinha dito ontem que Lopes da Mota tem toda a legitimidade para se manter em funções.

A seguir as eleições europeias

Um blogue do curso de comunicação e jornalismo da Universidade Lusófona para acompanhar as eleições europeias de 2009